• sexta-feira, 8 de maio de 2020



    O ar gélido gerado artificialmente naquele lugar proporcionava um breve momento de descanso para aqueles que se refugiavam do calor comum daquelas terras.

    As vidraças davam para a rua e permitiam visão dos transeuntes em suas calmas vidas. No interior do local a sensação era tranquilizante. Atrás de um balcão branco uma mulher de avental azulado tomava conta do caixa. Dispersas pelo salão várias mesinhas eram vistas, a maioria acompanhavam pares de cadeiras, e toda a paleta de cores do local usava tons frios variando entre branco e azul. Em uma das paredes havia uma televisão ligada em um dos jornais da região, uma mulher de cabelos azulados dava uma entrevista.

    Algumas crianças passavam felizes ao lado de seus pais carregando em suas mãos sorvetes com formato de Vanillish.

    Em uma das mesas do lugar dois jovens estavam sentados tomando milkshakes. De um lado da mesa uma garota sorridente tomava um de chocolate, do outro lado havia um garoto de olhar cansado que experimentava um com sabor de limão.

    Estavam ali há algum tempo, haviam decidido explorar a ilha sem um rumo definido. Vagaram por umas hora, viram alguns pontos interessantes do lugar. Kai chegou até a tirar algumas fotos da arquitetura local, queria aproveitar seu momento de turista. Durante o percurso iam conversando e se conhecendo mais, e em determinado ponto de seu passeio viram algumas crianças carregando sorvetes, descendo as ladeiras do lugar. Seguiram pelo caminho que elas vinham até encontrar uma sorveteria com uma inscrição em letras garrafais "Sorvetes & Geladinhos: Gotas de Limão."

    Os dois não pensaram duas vezes antes de entrar no local, e agora se encontravam matando tempo e fugindo momentaneamente do sol que os castigava. Oliver parecia mais afetado e fazia questão de tomar seu milkshake lentamente. Kailani estava terminando o seu enquanto distraída mexia em seu celular, procurando por algo que lhe interessasse naquele lugar. Havia um rio que cruzava a ilha, não era a coisa mais legal do mundo, mas ainda assim era legalzinho.

    Tirou o olhar do aparelho por um momento, voltando sua visão aos olhos do rapaz a sua frente. Ele corou mas ainda manteve o contato visual por alguns instantes até virar o rosto para o lado, em direção a vidraça. O jovem a deixava curiosa, ela sabia tão pouco sobre ele... Em seu primeiro contato ele apresentara uma personalidade explosiva e irritadiça, mas aquilo sumira. Mesmo que um pouco distante ele mantinha um comportamento calmo e agradável, por vezes chegando até a uma leve timidez, e isso fazia com que ela se questionasse sobre qual delas seria sua verdadeira natureza.

    — Ei, porque você quis vir aqui comigo? – ela questiona.

    — Porque eu tava morrendo de calor, esse lugar é o paraíso.

    — Não, não isso, estou falando sobre passear aqui comigo. Você nem me conhecia direito, qual seu objetivo? O que você ganha com isso?

    Ele riu, afinal, ela tinha um bom ponto.

    — Sei lá, acho que eu queria ter uma companhia. – ele sorria meio embaraçado. – Viajar sozinho é legal, você tem liberdade pra fazer o que quiser, mas depois de um tempo é meio solitário, você conhece pessoas pelos lugares que passa mas inevitavelmente elas ficam pra trás enquanto você tenta seguir em frente.

    Durante alguns segundos a garota refletiu sobre as palavras dele, não esperava uma resposta como aquela, achava que seria algum motivo bobo. Aquilo a fez pensar, não por ser alguma conclusão genial sobre a vida ou algo do tipo, mas sim pois ela ainda não havia pensado nisso. Ela estava acostumada a perder pessoas, seja por algo que não poderia ser evitado, sejam amigas que se mudaram pra seguir seus próprios sonhos. Durante toda sua vida ela foi a pessoa deixada pra trás. Enquanto todos seguiam em frente ela parecia criar raízes que cada vez mais a impediam de voar e alcançar os céus, por isso em nenhum momento ela parou pra pensar no outro lado da moeda, que para aqueles que partem também é doloroso. Ela se sentia uma completa idiota por perceber isso somente agora.

    — Não precisa ficar tão pensativa assim, eu entendo sua desconfiança, tá tudo bem. – ele sorria, tentando fazer com que ela ficasse mais confortável com a situação.

    — Há quanto tempo você viaja, Oliver?

    — Quanto tempo? – pensativo, tentando relembrar-se do passado. – Um ano e meio mais ou menos, mas aqui em Decolore faz só uns seis meses.

    Ela concordou acenando com a cabeça. Se perguntava o que o trazia àquele distante lugar, e mesmo que tivesse feito diversas questões as quais ele respondeu prontamente, ela sentia que perguntar o motivo dele estar ali seria indelicado de sua parte.

    Não sabia como prosseguir naquilo, queria mudar de assunto pra algo menos pessoal e mais leve, até que avistou aquela televisão que ainda estava na mesma entrevista.

    — Ela é linda né? – ela aponta em direção ao aparelho numa óbvia tentativa de mudar o rumo da conversa.

    Ele se virou acompanhando o dedo dela. Na TV a mulher de cabelos azulados ainda falava, ela estava na sala de uma grande mansão. Diversos troféus de campeonatos eram vistos nas estantes, e por trás das janelas de vidro via-se o céu azulado, e, ao que parecia, onde quer que aquela mansão estivesse ela se encontrava em um lugar alto.

    O rapaz olhou por alguns instantes com uma cara confusa, parecia tentar reconhecê-la sem sucesso algum.

    — Ela é bonita sim, mas quem é ela?

    Uma expressão de incredulidade tomou o rosto de Kai. Como ele poderia não conhecer aquela mulher?

    — Você não conhece a Aurora? – ela parecia genuinamente indignada com aquilo. – Como você não conhece a treinadora mais famosa de todo o arquipélago?

    — Já disse que não sou daqui...

    — Ela é conhecida no mundo todo. – rebateu.

    — Ok, a culpa é minha em não saber, mas então, quem é ela? Fiquei curioso.

    — Simplesmente a treinadora mais conhecida de Decolore pelo mundo? Ela viajou por várias regiões competindo em ginásios e ligas. – enquanto falava ela ia se empolgando cada vez mais. – A Aurora ganhou tanta fama vencendo ligas e torneios que a imprensa daqui começou a chamar ela de "A Mulher que Conquistou o Mundo", o nome pegou e até hoje ela é conhecida assim por aqui.

    Oliver parecia fascinado com a história que ela contava. Os olhos verdes da garota se enchiam de alegria ao falar daquela mulher.

    — Você é bastante fã dela né?

    — Óbvio! Eu cresci assistindo as batalhas dela na tv. – ela pensou um pouco. – Sabe, eu lembro que quando eu tinha uns oito anos, eu vi uma batalha dela sendo transmitida. Era tão mágico... Sei que ela ganhou, era contra algum campeão, mas não lembro de qual região.

    — Pera aí, você tá me dizendo que ela foi campeã de uma liga? – a expressão de surpresa estampava o rosto dele.

    — Que eu lembre foi mais de uma. Mas ela nunca aceitou assumir cargo, mas não sei seus motivos.

    — Ela parece um pouco nariz empinado, quem recusaria um cargo tão importante mais de uma vez? – o garoto parecia guardar certo rancor em sua frase.

    — Discordo. Mesmo se ela fosse assim por quê continuar vivendo aqui, então? Ela tem dinheiro o suficiente pra comprar uma mansão em qualquer canto do mundo e viver o resto da vida tranquila. Ainda assim até hoje ela vive na ilha em que nasceu. É algo meio bobo, mas ela é uma inspiração pra muita gente, saca?

    Ele acenou concordando com a cabeça, parecia pensar sobre aquilo, durante alguns minutos os dois ficaram em silêncio apenas assistindo o que se passava na entrevista.

    — Absol, use Razor Wind. – Aurora comandava.

    O pokémon de pelagem branca balançou suas grandes asas que brilhavam intensamente liberando uma onda cortante contra seu oponente.

    Do outro lado da arena um Dragonite recebia o golpe diretamente, segurava o impacto ainda que suas escamas mostrassem os efeitos dos cortes consecutivos.

    — Dragon Tail vindo de cima. – uma voz masculina fora ouvida, ainda que a câmera não focasse em seu rosto.

    O pokemon dracônico alçou voo em alta velocidade. Seu corpo gordinho não reduzia em nada seus movimentos,  e a criatura subiu pela arena tornando difícil para que seu oponente mantivesse ele a vista. Quando alcançara altura suficiente parou no ar batendo suas asas e localizando o oponente, e em uma fração de segundos o dragão descia com tudo contra o Absol, sua cauda brilhava e com a aceleração da queda o impacto criado  seria enorme.

    — Espere o momento certo, você sabe o que fazer. –  sua voz era calma e tranquila, parecia não ver perigo no que acontecia em frente a si.

    Quando o Dragonite estava há poucos metros de sua cabeça, os olhos do alvo brilharam em um intenso tom azul e subitamente tudo ao seu redor pareceu perder a velocidade. O Detect permitia que ele visse com facilidade a aproximação do golpe, então apenas saltou para trás desviando com muita facilidade do ataque que poderia vir a encerrar a luta.

    Tudo aquilo aconteceu muito rápido, para todos que assistiam apenas ouviu-se o estrondoso barulho causado no impacto e eram impedidos de ver o que ocorria devido a poeira levantada pelo impacto.

    — Blizzard. - a mulher ordenou.

    De dentro da nuvem criada anteriormente ouviu-se o som de asas batendo. A poeira era dispersada enquanto uma grande tempestade de gelo se expandia vinda de lá.

    O bater de asas limpara o campo e permitia que todos tivessem visão da arena. Mega-Absol ainda estava em pé, e seu corpo não apresentava nenhum arranhão. Já o pobre Dragonite estava caído no chão, tendo em em sua cauda diversos machucados provocados pelo impacto contra o chão, e por todo o seu corpo era possível ver cortes causados pela tempestade de gelo, e algumas de suas escamas ainda tinham  resquícios de gelo.

    Durante um instante toda a arena se calou, todos incrédulos com o que acontecera. A calmaria não durou muito, e em seguida o barulho da plateia gritando animadamente, mesmo não entendendo o que acontecera, foi ouvido.

    Subitamente um corte ocorre na transmissão, e os registros da batalha deram lugar a aquela mesma sala que eles haviam visto antes. Aurora comentava a batalha com uma mulher de cabelos castanhos que lhe fazia algumas perguntas, e pelo seu rosto era possível ver que certamente as gravações da batalha tinham uns bons anos. Ainda assim ela não era velha, devia ter seus vinte e poucos anos, apenas começara muito nova no mundo das batalhas.

    Após algumas perguntas genéricas que ela certamente respondera antes, um comercial interrompeu o programa.

    Os dois jovens haviam acabado seus milkshakes e se encaravam.

    — Vamos? – Kai pergunta fazendo um gesto com a cabeça em direção a porta.

    O rapaz confirmou e os dois saíram do estabelecimento. Quando finalmente estavam fora começavam a sentir falta do friozinho da sorveteria.

    — Você sabe para onde estamos indo? – perguntou Oliver, que lembrava que eles até momento não faziam ideia de onde deviam ir.

    — Não faço a menor ideia do que estou fazendo.

    — Você sabe que não devia se orgulhar disso né?

    — Não me orgulho, mas o que de pior pode acontecer?

    Oliver parou por um momento. Ele tinha diversos motivos para explicar como aquilo poderia dar tremendamente errado. Nenhum dos dois conhecia o lugar e não faziam ideia de onde podiam se meter. Ainda assim preferiu não comentar todos seus problemas com aquela ideia boba, gostava do otimismo da garota, mesmo discordando dele.

    A dupla manteve seu caminho pelas ruas da cidade. Passaram pela área residencial do lugar, haviam pessoas nas calçadas em mesas de restaurantes e alguns Rockruff’s corriam pelas avenidas agitados, latindo atrás dos carros. O clima era tranquilo, entretanto conforme eles subiam para as áreas mais altas do local as casas que antes enchiam as ruas lentamente começavam a serem mais espaçadas e mais simples, na mesma medida a área verde aumentava rapidamente.

    Em certo ponto as casas haviam ficado para trás e eles seguiam por uma trilha de terra batida. A grama crescia por toda parte e a leve brisa era agradável. Ouviam o barulho dos pokémon que ali viviam que intensificava depois de deixar os ruídos típicos das cidades e suas máquinas barulhentas feitas de ferro. Também podiam ouvir a correnteza de um rio, mesmo que ainda não o tivessem visto.

    — Ei, tá ouvindo isso? – ela pergunta parando e levantando um dedo indicando que ele fizesse silêncio.

    — Água corrente?

    — Exato, vamos seguir o som da água. – e saiu correndo na frente.

    Oliver tinha conhecimento o suficiente , vindo do tempo que viajara, pra saber que um rio era uma boa forma de se guiar, além de poder conseguir água. Porém eles não estavam perdidos, logo ele não via muito sentido nisso, mas ela disparara na frente, e tudo o que lhe restava era segui-la. Ele se perguntava como ela conseguia manter tanto pique pra correr pra lá e pra cá. Chegariam no mesmo lugar andando ou correndo, no final não fazia diferença para ele, não conseguia entender tanta agitação.

    Seguiu o caminho que ela fizera. A garota não estava tão a frente. Se aproximando via que a garota se escondia atrás de uma moita, observando algo no rio. Se aproximou sem fazer barulho até estar do lado dela.

    — O que cê tá fazendo?

    — Shhhhh, fala baixo. – ela sussurra. – Bem ali.

    Kai apontava para perto do rio. As águas claras do lugar corriam ilha abaixo e desaguavam no mar, e na direção que a garota apontava era possível ver uma pequena criaturinha na beira do riacho.

    Seu corpo tinha um formato esférico, uma barbatana caudal era vista, enquanto na frente duas nadadeiras de tamanho reduzido podiam ser observadas. Seu pelo era azulado com tons em bege onde seria sua barriga, seus olhos e orelhas eram grandes e redondos,  e logo abaixo de sua boca duas pequenas presas se destacavam. Seu corpo não parecia ter sido projetado para nadar, e também não se saia muito bem andando, logo ele se movia de maneira desajeitada, por vezes rolando, o que aos olhos de Kai o tornava ainda mais adorável.

    — Eu nunca vi aquele bicho, quero capturar ele. – ela parecia animada na possibilidade de sua primeira captura. Oliver se perguntava como aquele pokemon viera parar ali, pois era óbvio que não estava no seu habitat natural.

    — Você não acha que...

    O garoto não terminou sua frase. Antes que tivesse a oportunidade ela saltou de seu esconderijo enquanto sacava a pokéball de Tomy e a arremessava ao ar.

    O Rotom saiu de dentro da esfera bicolor e flutuou pronto para uma batalha.

    O Spheal encarou o fantasma elétrico de cima a baixo, refletiu por um instante sobre o que acontecia, encarou a garota e simplesmente saiu girando na direção que o rio ia.

    — Mas...o quê? ELE FUGIU?

    — Você assustou ele. – disse Oliver saindo de trás da moita. – Se você correr atrás ainda dá tempo de pegar.

    — MAS TODA HORA ISSO. – e lá se ia ela atrás da foquinha.

    Oliver sorria. Achava genuinamente divertido o comportamento dela, e pôs-se a segui-la.

    Mesmo sendo desajeitado o pequeno Spheal em terra conseguia ser muito ágil girando e rolando por aí, o que fazia com que por mais que  Kai corresse não conseguisse o alcançar. Oliver poderia ter usado seu Braviary para alcançar a foquinha, mas provavelmente Kai não aceitaria. Era a captura dela, não seria justo.

    Os dois correram por alguns minutos. O Spheal girava e girava cada vez mais rápido chegando a destruir algumas pedrinhas e gravetos em seu caminho.

    — Esse bicho não vai parar de girar não? – Kai começava a se cansar dessa correria. – Quer saber? TOMY, THUNDERSHOCK!

    O Rotom que a acompanhava de perto avançou flutuando um pouco acima para ter uma boa visão de seu alvo. Em seguida, uma grande descarga elétrica foi liberada na direção do fugitivo, entretanto para azar dele seu alvo apenas parou de girar abruptamente fazendo com que o golpe atingisse o chão.

    Mas, dessa vez ele não voltou a girar, encarava o seu desafiante com uma expressão agressiva.

    Nesse momento os dois humanos alcançaram o Spheal, eles haviam chegado na base da montanha. Haviam algumas árvores perto, no sopé da montanha uma placa derrubada era vista próximo a entrada de uma caverna.

    — Cansou de fugir? – Kai provocava. – Comece com Antonish! – grita pra Tomy.

    Rapidamente o fantasma desapareceu em frente de seu oponente que parecia confuso sobre para onde ele foi, e não esperava que no segundo seguinte o Rotom se materializasse adiante de si. Tomy usava o plasma de seu corpo para criar uma expressão ameaçadora, que , combinada com o susto da aparição repentina aumentou ainda mais o medo do pequenino que simplesmente paralisou no lugar graças a isto.

    – Mas já? Bom, que seja. – ela sacou mais uma das esferas bicolores, dessa vez uma vazia. – Por favor fique aí.

    Arremessou a Pokéball com força, mais força do que deveria, a esfera passou direto por cima do Spheal acertando uma árvore, mas o universo parecia conspirar a seu favor, a bola atingiu o tronco e ricocheteou direto para o alvo original.

    Uma luz avermelhada surgiu e puxou a criatura para o interior do objeto metálico, contendo toda sua existência naquele apertado espacinho. Um tique e balançou para o lado. Kai estava apreensiva. Mais um tique e mais um balançar. A criatura ainda estava lá. O último tique indicou a captura, seu primeiro pokémon capturado com o próprio esforço da garota em batalha.

    — EU CAPTUREI UM POKÉMON! – ela gritava animadamente enquanto segurava a pokéball que continha seu mais novo companheiro. — VOCÊ VIU ISSO?

    — Você foi muito bem, meus mais sinceros parabéns. – Oliver parecia contente por ela. Ver alguém tendo seu primeiro contanto com os pokémon fazia com que ele se lembrasse do início de sua jornada, e aquilo o deixava feliz. Ela o lembrava de se mesmo mais jovem.

    Liberou seu recém capturado pokémon da pokéball. Ele mal apresentava danos da batalha, e não parecia mais tão assustado, apenas desconfiado.

    Kai segurou ele em seus braços o apertando em um caloroso abraço, o corpo dele era tão fofinho e felpudo que poderia ser facilmente confundido com um bicho de pelúcia.

    — Oi! Eu sou a Kai, a partir de hoje sou sua treinadora. – ela falava olhando diretamente nos grandes e redondos olhos dele. – Espero que a gente se dê bem, esse aqui é o Tomy, seu novo amiguinho. – ela apontava para o Rotom que se aproximava para ver mais de perto.

    Oliver observava tudo de uma certa distância, era realmente inabitual a maneira que ela parecia levar sua vida. Aquilo o encantava. O brilho no olhar dela que há muito se apagara no dele.

    Perdido em seus devaneios sobre seu próprio passado, o garoto teve a impressão de sentir um tremor sob seus pés. E era fraco demais para ser um terremoto, sendo apenas um balançar da terra, como se algo grande se movimentasse em alta velocidade.

    — Ei, você sentiu isso? – perguntou para a garota que brincava no chão com seu novo amigo.

    Claro que ela não ia perceber, do jeito que era distraída aquilo era esperado. Ele procurou ao redor, mas viu apenas árvores e aquela entrada  de caverna.

    Uma curiosidade se instaurou em si. E se o tremor viesse daquela caverna? Não morreria se desse apenas uma breve espiada em seu interior.

    — Me espera aqui, eu já volto.

    Ele andou até a boca da caverna, sentia que os tremores pareciam se intensificar. Chegou na entrada meio receoso do que poderia haver lá dentro. No mesmo instante que colocara o pé adentro uma criatura pulou em cima de si, mas para sua surpresa nenhum monstro gigantesco saltara de lá. Na verdade era bem pequeno. A criaturinha se agarrou em sua perna enquanto chorava copiosamente. Oliver não teve reação, não sabia se o chutava para longe ou se o mantinha ali, mas o pequenino parecia indefeso demais para que ele cometesse tal alto. Pegou-o em seus braços enquanto tentava o acalmar.

    Vendo mais de perto tomou consciência de como ele era. Um dragãozinho de cabeça arredondada com uma protuberância que se estendia na ponta. Saiam de sua boca duas longas presas, e suas escamas tinham uma coloração marrom clara.

    — Você se perdeu ou algo assim? – Oliver tentava obter algum entendimento por parte dele, mas aparentava ser em vão. – E como você fez todo aquele barulho?

    O pequeno Axew parecia se acalmar um pouco.

    — Vou te levar pra fora daqui, talvez com um pouco de sol você melhore.

    O garoto virou-se de costas para sair da caverna, mas os tremores que antes já eram fortes pareciam ter atingido seu ápice.

    Do interior da caverna um grito ecoava e aparentava ser para ele.

    — SAI DA FRENTE!!!!!

    De dentro da caverna uma garota de cabelos vermelhos vinha em disparada montada nas costas de uma Arcanine. Atrás dela, um grande vulto lhe perseguia, que alguns momentos depois fora identificado como uma enorme serpente de aço com olhos avermelhados que brilhavam na escuridão do lugar.

    Tudo o que teve tempo de fazer foi se jogar para fora do lugar, sendo seguido pela moça que se atirou para o outro lado.

    E obviamente para completar a festa o grande titã irrompeu pelas paredes estreitas derrubando rochas e provocando um grande estrondo.

    — Acho que descobri o motivo do seu choro... – Oliver disse ao Axew.

    Toda a barulheira causada pela fúria do Steelix chamara a atenção de Kai. Ela chegara junto com seu Rotom e tinha um bom panorama do que acontecia ali.

    A sua esquerda uma garota alta estava ao lado de um grande Arcanine. Ela tinha olhos negros e seu cabelo era mais curto que o de Kai.



    A sua direita, Oliver levantava-se junto de um pokémon que ela até então não havia visto. No centro uma imponente criatura emitia um enorme ruído sonoro com sua bocarra, um Screech que tentava os intimidar ainda mais.

    — MAS EU TE DEIXO SOZINHO POR CINCO MINUTOS E VOCÊ SAI ARRANJANDO BRIGA, GAROTO! – Kai gritava numa tentativa de ser ouvida em meio ao ruído metálico provocado pelo Steelix.

    — DESSA VEZ NÃO FUI EU! – Oliver retrucou gritando em resposta e apontando na direção da garota. – ELE TAVA PERSEGUINDO ESSA DOIDA AÍ!

    — CALÚNIA! – pela primeira vez Kai via a garota falar. – MAS E AÍ? VOCÊS DOIS VÃO PARAR DE BRIGAR OU VÃO QUERER ME AJUDAR AQUI?

    — QUEM É VOCÊ MESMO? – questionou Kai.

    — VAI QUERER UMA ENTREVISTA JUSTO AGORA?

    Eles provavelmente continuariam sua gritaria sem chegar a lugar algum se o titã de aço não tivesse se cansado daquilo tudo. Batendo sua cauda contra o chão ele fez com que enormes pedras fossem arremessadas na direção de todos os que estavam ali.

    — Extremespeed!

    Uma aura branca envolveu o corpo do canino, suas patas se moviam a uma velocidade impressionante fazendo com que todos vissem apenas borrões dele aparecendo e reaparecendo enquanto desviava com facilidade das pedras atiradas em sua direção. A garota conseguiu se esconder atrás de umas das árvores sem ter tanta visão do campo de batalha.

    Uma das pedras foi arremessada na direção de Oliver passando próximo a sua cabeça.

    — EI MALDITO, NÃO TENHO NADA COM VOCÊ! – ele puxa uma pokéball e arremessa ao ar. – Vamos lá Daru!

    De dentro da esfera um pequeno Darumaka irrompeu em meio a luz avermelhada.

    — Incinerate!

    O pokémon de fogo correu pelo campo, não parecia se intimidar pelo tamanho de seu oponente. Aproveitando que a atenção da serpente ainda estava no Arcanine, aproximou-se o suficiente para conseguir saltar em sua direção, liberando uma grande rajada de chamas vindas de sua boca diretamente contra a cabeça de seu oponente.

    O titã urrou de dor. Seu corpo era resistente mas as chamas o afetavam. Os três jovens tentavam amenizar o som levando suas mãos aos ouvidos, mas mesmo abafando o som não conseguiam amenizar seus corações disparados pelo medo e adrenalina.

    O momento de brilho de Darumaka não durou muito, a reação adversária foi quase instantânea. Enquanto ainda voltava ao chão a cauda do Steelix o golpeou diretamente, lhe empurrando contra seu treinador, derrubando Oliver e o Axew em seus braços que chorava ainda mais alto depois disso.

    Para seu azar o alvo do monstro mudara, este mirava diretamente para o garoto derrubado no chão. Abria sua bocarra criando uma grande concentração de energia mirando diretamente contra eles.

    — CONFUSE RAY! – a voz de Kai foi ouvida comandando o movimento.

    O Rotom surgiu em frente ao colosso, era até difícil percebê-lo devido a desproporção entre os dois. Mas seu tamanho também era uma vantagem, conseguia ficar diretamente em frente aos olhos do Steelix, levantou seus bracinhos plasmáticos emitindo um grande clarão o cegando momentaneamente. Aquilo era suficiente para deixar alguém normal confuso, e para a criatura acostumada a viver nas profundezas da terra era ainda pior. A desestabilização funcionou, e o gigante cambaleou disparando o raio azulado do Dragon Breath numa direção aleatória, errando seu alvo.

    — MINHA VEZ DE ATACAR! –  a desconhecida se aproveitava da chance obtida por Kai, saindo de trás da árvore que se escondia. – Extremespeed!

    Novamente a aura branca surgia em volta do Arcanine, mas dessa vez ele avançava para atacar. Tudo o que viam era um borrão avermelhado avançando pelo campo, tomou impulso saltando com alta velocidade atingindo o rosto do colosso com tudo e o empurrando para o chão.

    O barulho do aço colidindo entre si enquanto ia ao chão era estridente. O impacto no solo fazia com que a terra sob os pés dos jovens tremesse. Mesmo num momento de vulnerabilidade Steelix se mostrava amedrontador.

    — INCINERATE! – Oliver gritava enquanto se levantava do chão junto com os dois pokemon, praguejando baixinho algumas coisas que ninguém entendeu durante o processo. Segurou Daru em suas mãos e o arremessou com tudo contra o gigante derrubado. O pokemon liberava as chamas de sua boca enquanto girava criando uma grande roda flamejante em direção ao colosso. A garota que desconheciam soltou um grito abafado vendo o que acontecia, suor escorria por seu rosto.

    O Darumaka acertou seu adversário diretamente, ricocheteando para trás e continuando a disparar chamas enquanto se afastava.

    — Ô RUIVA! UM GOLPE DE FOGO SERIA ÚTIL AQUI! – Oliver gritava tentando obter a cooperação dela para que juntassem forças.

    — E-EU NÃO POSSO!

    — COMO NÃO?

    — ELA NÃO SABE NENHUM MOVIMENTO DE FOGO! – ela gritava suas palavras quase não parando pra respirar.

    Oliver parecia confuso. Esperava que tivesse ao menos um golpe. Que tipo de pokémon de fogo não sabe usar um mísero Ember?

    Kai também não sabia o que fazer, a única técnica que Tomy conseguia usar com efetividade não causava dano, pois o Steelix era imune a eletricidade. Sobre a bolota azul, ainda não tinha familiaridade com seu recém capturado pokémon, e colocá-lo em batalha seria arriscado demais.

    Mas claro que Steelix não ficaria ali parado recebendo golpes por tanto tempo enquanto os garotos se decidiam sobre suas vidas. Sua cauda  balançou com força chicoteando contra o chão e arremessando novamente mais pedras, dessa vez contra o pobre Darumaka. O impacto das rochas colidindo contra seu corpo o arremessou  contra uma das árvores ali perto e o nocauteou na hora.

    — DARU! – Oliver retornava seu pokémon para a pokéball. Só restava seu Braviary, mas ele não queria o colocar para lutar em tamanha desvantagem. Era burrice, mas era o que tinha.

    — E lá vou eu te levando para uma batalha que não posso vencer, desculpe amigo. – puxou a ultraball do colar em seu pescoço e a arremessou ao ar liberando o pássaro azulado. – EU TENHO UM PLANO, MAS PRECISO QUE VOCÊS CRIEM UMA ABERTURA!

    Os olhos de Kai se encontraram com os da desconhecida e elas pareciam ter entrado em um consenso mútuo do que fariam. Não que fosse algum feito extraordinário, elas apenas haviam usado os mesmos movimentos, era meio óbvio o que podiam fazer.

    — MAIS UMA VEZ TOMY, CONFUSE RAY!

    Tudo se repetiu de novo, o desaparecimento do Rotom, o clarão, e logo o Steelix cambaleava tentando encontrar seus adversários.

    — EXTREMESPEED EM VOLTA DELE! – a treinadora misteriosa ordena.

    O Arcanine corria em círculos em torno da serpente, o que somado a confusão gerada anteriormente o deixava ainda mais perdido, tentando golpear a fera de fogo sem sucesso.

    — VAMOS LÁ, SUPERPOWER! – Oliver gritava com todas as suas forças. Aquela era a cartada final de um garoto desesperado.

    O Braviary avançou pelos ares subindo e pegando impulso. Suas garras brilhavam em um tom alaranjado intenso, e quando atingiu um bom ponto desceu com tudo contra o colosso de aço, com suas gadanhas acertando diretamente os olhos da criatura.

    Um urro de dor foi ouvido. Era ensurdecedor o som,  e inacreditável como a criatura fazia um barulho ainda mais alto que antes. Seu sofrimento era nítido. As queimaduras certamente ardiam ainda mais, e para piorar ocorreu um ataque direto em seus olhos.

    Estava cansado de tudo aquilo. Por tal, com um último urro virou-se para a sua caverna de onde se arrependia de ter saído, avançando pelos túneis com tudo que tinha. Se antes ele causava estrago, sem visão ele derrubava tudo em seu caminho, inclusive a entrada da caverna, que cedeu com sua passagem, assim desmoronando completamente o local e impedindo a entrada de qualquer um por ali.

    — Nós...vencemos...? – Oliver não conseguia acreditar no que acontecera.

    — NÓS VENCEMOS! – Kai comemorava abraçando o garoto com felicidade, seus pokémon também comemoravam a vitória. – E de onde saiu seu amiguinho? – ela apontava para o Axew nos braços dele.

    — Ele meio que grudou em mim...

    Os dois foram interrompidos pelo baque surdo de algo caindo no chão. A garota ruiva estava estirada no solo com seu pokémon. A moça sorria e não parecia estar machucada.

    — Não acredito que sobrevivemos dessa vez. – a jovem dizia aliviada, olhando para o céu.

    — Ei colega, cê tá bem? – Kailani mostrava preocupação. Não a conhecia mas ela os ajudara na batalha, mesmo que tenha sido ela a culpada por tudo aquilo.

    — Eu tô, só preciso descansar aqui cinco minutinhos. – ela ofegava entre suas palavras. – A propósito , meu nome é Harumi, mas podem me chamar de Haru.

    { 9 comentários... read them below or Comment }

    1. Hello Grovy!

      Aurora muito bela na televisão, uma verdadeira estrela para sua região, sinto que ela é tipo uma campeã não oficial de Decolore.

      Adorei ver o Alice of life da dupla na sorveteria, ótimo começo para o capítulo recheado de aventuras.

      Cada um com um parceiro novo, prefiro a foquinha, muito mais fofa e simpática.

      Steelix saiu vasado lol devia ter virado pokémon da Harumi, quero ver mais desta nova garota... O trio está completo?

      Até a próxima Grovy!

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      1. Hey Anan!

        Sim, uma breve visão dela já que na prática não vai aparecer tão cedo, e é bem isso, algo mais informal mas ainda influente.

        Eu gosto dessa parte na sorveteria, não tava nem planejada, mas aí na hora de escrever em vez de continuar do ponto em que parou no centro eu pensei "pq não?" hauahaushaua

        Eu adoro o Spheal, fico muito sad dele não poder ser pego cedo nos jogos, então já que estamos em uma fic entreguei ele cedo :v

        Steelix arregou mesmo, mas no 3x1 eu não o culpo, sendo sincero eu pensei em entregar ele pra Haru, mas aí teríamos mais uma captura no cap e mais um mon em último estágio pra ela e pensei que ficaria too much haushsuahaushs.

        See Ya

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    2. Hey grovy, otimo cap! adorei! continue! Axew fofinho um dos meus pokes favoritos <3

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      1. Hey Shii, fico feliz que curtiu e pode deixar que continuarei, também gosto muito do Axew, tão fofinhos :3

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    3. E VAMO DE RAID?!

      Quem diria que um começo tão calmo assim traria uma treta maligna daquelas?

      Amooo um Slice of Life?! A falas tavam me fazendo cada vez mais apaixonado por esses dois personagens, ambos parecem tão vivos e reais e realmente amigos! Pra um fã de Slice of Life isso me leva a loucura! Morra graveto, morra imediatamente por criar personagens tão iconicos.

      Aurora ficou bem interessante na real e espero ver ela aparecer na vida dos nossos protagonistas em um futuro distante. E sobre o novo parceiro da Kai? Não consigo parar de imaginar aquele GIF KKKKKKK

      A batalha foi bem empolgante na real! E será que a Haru vai se juntar ao grupinho? HMMMMMMMM Fico na espera!

      Capítulo lindo e formoso, Grovy!
      Espero o próximo ter a mesma qualidade ou acima <3
      Welfie

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      1. RAID VS STEELIX FULL PISTOLA PQ INVADIRAM A CASA DELE, SÓ VAMO

        Hey Yv, tudo certinho?

        Eu faço tudo perfeitamente equilibrado, metade dos cap calmo e metade é pura loucura, Thanos estaria orgulhoso.

        EU FICO MUITO FELIZ DE VOCÊ TER GOSTADO DESSA PARTE PQ EU TAVA ME QUESTIONANDO SE TINHA FICADO DESNECESSÁRIO, mas eu sentia que eles precisavam ter um momento conversando mais de boas sem ter algo acontecendo no fundo, só uma conversinha entre amigos se conhecendo um pouco :3

        Ela aparecerá sim no futuro sim, tenho planos malignos MUAHAHAAHAHA, deixando a brincadeira de lado, vai demorar um pouco sim, mas acho importante seguir aquela idéia de apresentar algo pra usar depois e não ficar tirado do nada. E AQUELE GIF É MARAVILHOSO, DEIXOU ESSA CENA MIL VEZES MELHOR UAHAUAHAUAHAU

        Será que vai se juntar? Hmmmmmmm
        Espero que continue gostando :3

        See Ya

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    4. Oiii Grovy!
      Capítulozinho com começo de boas, personagens no a condicionado tomando milkshake obviamente tinha que acontecer algo pra estragar. Amo os caps de Slice, mas um pouco de ação tem seu lugar no meu coração. Me pergunto qual o problema dos jovi em sair andando para a parte mais desabitada da ilha e ainda se dirigir pra uma caverna depois.
      UMA FOQUINHAAAAA VOU DAR UM SPHEAL PRA MAY PRA FAZERMOS CORRIDA DE FOQUINHAS. Mas era uma foca, um bicho de pelúcia ou uma bola? Eis a questão.
      Sinto que o Oliver tá meio apaixonadinho pela Kai. Oh oh, shipp no início quer dizer shipp destruído. A HARUMI APARECEU, defenderei ela eternamente como minha segunda personagem favorita. Oliver o que eu tenho a ver. Só de ter um Arcanine que não sabe golpes de fogo já ganha meu favoritismo.
      Um bebê Axew medroso, que cute *-* Será q o Oli vai ficar com ele?

      Adorei o capítulo Grovy, muito divertido de ler. Ansiosa para saber se a Haru se juntará ao grupo.
      Abraços!

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      1. Heey Carol, tudo certinho?

        Kai mal saiu de casa e já quer sombra e água fresca parando em lugar com ar condicionado, assim não dá HAUAHAUAHAUAHAU

        O problema dos jovis é a Kai, a menina cresce explorando cada canto da ilha dela, daí na primeira oportunidade já quer se jogar no mato e ver o que acha, se fosse pelo Oliver eles ficavam só nas lojinha e ponto turístico, no final deu bom, mas o Steelix podia ter feito um estrago bem maior hauahauahaushaua

        VAMO PRA CORRIDA DE FOQUINHA, APOIO DEMAIS. E a foquinha é tudo e mais um pouco.

        Será que ele tá? Só tem os emocionados de protagonista kkk E SIM, FINALMENTE O NOME FOI REVELADO, e essa Arcanine foi a melhor alteração feita no cap, acho que combinou bem mais com ela do que o mon originalmente usado hauahaushaua

        Baby Axew tão fofinho, normalmente os mons de dragão são "assustadores" ou agressivos, daí eu pensei em dar uma quebrada nisso e fazer ele puxando pra fofura :3

        Fico feliz que curtiu, e veremos se ela irá ficar :HappyPepe;

        See Ya

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    5. Oiiii Grovy

      Finalmente voltando a ler Neo Decolore por aqui. A Kai é uma personagem muito querida pelo púbico e esse capítulo me fez relembrar o por que. Ela é simplesmente muito carismatica. Também gostei bastante do menino Oliver, parece que ele tem um passado aí, por enquanto não tenho nenhuma teoria quanto ao assunto ainda.

      A batalha contra o Steelix foi muito boa, sério. Gosto como a Kai pode ajudar na batalha mesmo sendo uma novata. Tipo, eu nunca tinha parado pra pensar que golpes de status afetam igualmente, independentemente do nível.
      Um Arcanine sem golpes do tipo fogo? Isso me lembra um episódio de Pokémon que tinha um charizard que não sabia lança chamas ou voar, não lembro qual agora.

      E é isso, até mais, meu caro!

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